Palahniuk com sua narrativa fomenta, com certo
terror psicológico, reflexões a respeito do modo capitalista em que vivemos. Há
um propósito em tudo isso?
O protagonista do livro deixa clara a falta de
perspectiva de vida e talvez a violência buscada seja um fator que minimiza
essa falta. A narrativa é ácida, uma espécie de carta aberta sem nenhum pudor
em dizer a verdade.
O autor nos revela com uma linguagem direta as
mazelas da sociedade que consome sem propósitos e toca na ferida para nos
lembrar de que devemos ter propósitos maiores.
É uma obra que possibilita a quebra de paradigmas,
para tanto, reflexões são importantes a partir dessa leitura. Devemos continuar
esse modo de pensar?
Acredito que não, no entanto, é uma luta árdua
contra um sistema que premia aqueles consumistas compulsivos que, para fazerem
parte de um grupo social, adquirem produtos e serviços.
A transição de pensamentos que ocorrem no livro
mostra algumas saídas para evitar esse modelo de vida. "É apenas depois de
perder tudo que somos livres para fazer qualquer coisa", diz um
personagem.
"Você compra móveis. E pensa, este é o último
sofá que vou comprar na vida. Compra o sofá e por um par de anos fica
satisfeito porque, aconteça o que acontecer, ao menos tem o seu sofá. Depois
precisa de um bom aparelho de jantar. E de tapetes. Então cai prisioneiro de
seu adorável ninho, e as coisas que antes lhe pertenciam passam a possuir
você."
Recomendo a leitura desse livro e também o filme
lançado de mesmo nome, pois faz você repensar várias coisas e questionar outras
ou você vai deixar as coisas possuírem você?Boa Leitura.
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